Apurar responsabilidades<br>sobre o BES e o GES
Na sexta-feira, o PCP apresentou um Projecto de constituição de uma Comissão de Inquérito Parlamentar à situação que envolve o BES e o GES (Grupo Espírito Santo), «sem limitações ou obstáculos, mas também com a intenção de retirar desses esclarecimentos as devidas consequências».
«Interviremos neste inquérito com o objectivo de fazer com que dele resultem também as medidas que garantam que a banca e todo o sector financeiro são colocados ao serviço do povo e do País», prometeu João Oliveira, líder da bancada parlamentar do Partido.
Na sua intervenção, vincou a posição do PCP relativamente a algumas questões que hoje estão colocadas na ordem do dia. «O PCP opõe-se à operação em curso de desvalorização e venda do banco, à venda dos activos do Grupo e à destruição dos postos de trabalho no banco e nas empresas do GES, ao escândalo da venda da Tranquilidade por 50 milhões de euros a que querem somar a entrega de novas fatias do negócio da saúde a outros grupos ou do capital estrangeiro», afirmou João Oliveira, acrescentando: «Devem ser travadas as medidas de desvalorização dos activos do Novo Banco que visam facilitar a sua venda e garantir a concentração de capital, dando cobertura a uma negociata destinada a sustentar a continuação da especulação com comprometimento de direitos públicos».